A doença é antiga conhecida da medicina, desde 1970, e ainda endêmica em alguns países da África. A novidade é que ela está se espalhando pelo mundo, com um óbito já confirmado no Brasil. As lesões pelo corpo são altamente contagiosas e evoluem para pequenas feridas com crostas, similares à catapora, mas com a diferença que os gânglios ficam inchados na fase inicial da doença.

Varíola de macacos X catapora

Nas duas doenças, a transmissão se dá por vírus: no caso da varíola de macacos, pelo vírus da monkeypox e, na catapora, pelo vírus varicela-zoster. De origem zoonótica, o monkeypox é um Orthopoxvirus que originalmente atacava animais silvestres – macacos – e, posteriormente, passou a acometer também seres humanos. Já o varicela-zoster é um dos oito tipos de herpesvirus humano.

Ambas as doenças podem ser transmitidas por gotículas respiratórias e contato direto com lesões de pele e objetos recentemente contaminados, porém o vírus da catapora é mais contagioso.

— O aparecimento de lesões isoladas em região genital, mesmo sem sintomas sistêmicos, como febre e dores musculares, também precisa ser testado para Monkeypox. Apesar da manifestação atípica da doença, tem sido comum no surto atual.

O risco de sintomas mais graves e morte é maior em recém-nascidos, crianças de até 8 anos, naqueles com sistema imune comprometido, gestantes e aqueles que já apresentavam alguma doença na pele.

Na grande maioria dos casos, a doença tem evolução benigna e resolve-se sem tratamento específico. Entre as complicações a longo prazo, as sequelas mais comuns da doença são cicatrizes desfigurantes na pele e cegueira, em caso de lesões oculares.

Como se proteger?

A prevenção é feita principalmente evitando o contato com pessoas positivas e seus itens pessoais, uma boa higiene das mãos e a redução dos parceiros sexuais, uma vez que os preservativos não impedem o contágio. Em casos suspeitos, recomenda-se o isolamento em cômodo separado, uso de máscara cirúrgica e uso de roupas que cubram mais a pele para evitar o contato direto com as lesões.

A recomendação da OMS para conter a disseminação da doença é a detecção e o isolamento precoce dos doentes até caírem as crostas, o que pode levar entre 2 a 4 semanas.

Qualquer suspeita, procure orientação médica e cuide-se sempre!